quarta-feira, 28 de agosto de 2013

H.265 - A próxima tendência no CCTV

Não tardará muito tempo até que a sigla HVEC passará a figurar nas spec-sheets de diversos equipamentos CCTV. HVEC é a sigla para High Efficiency Video Coding, cuja designação de norma é H.265.
Este novo standard de compressão de vídeo, vem suceder ao H.264/AVC (Advanced Video Coding) que hoje está altamente difundido nos mais variados equipamentos de video-vigilância.

De acordo com a especificação técnica, o H.265 duplica o rácio de compressão de dados em comparação com o H.264 ao mesmo nível de qualidade de video. Usando este tipo de compressão, será possível enviar a mesma qualidade de informação usando metade dos dados necessários para compôr a mesma, ou, numa lógica mais enquadrada com uma cada vez maior disponibilidade no tráfego de dados e largura de banda superior, será possível ampliar a qualidade de video ao mesmo bit rate.

O standard H.265 suporta UHD 8K (Ultra High Definition) e resoluções até 8192x4320... dá que pensar quando muitos clientes ficam impressionados com imagens Full-HD no seu sistema CCTV.

Alguns fabricantes começaram já a divulgar e promover esta tecnologia nos seus produtos, e como de costume, o custo de aquisição destes dispositivos à data desta publicação está ainda num patamar bastante alto.

De uma forma mais ou menos concertada, são enaltecidos os seguintes aspectos em comparação ao H.264:

50% menos uso de largura de banda

50% de ocupação de espaço em disco
50% menos bitrate
Qualidade de Video Superior
Gama Dinâmica Superior
Suporte até 35 Megapixels (8K UHD)
Niveis de Ruido melhorados
Espaços de Côr melhorados

Esperemos muito em breve ver cada vez mais equipamentos a usarem esta tecnologia, que trará benefícios a todos sem excepção.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

HD-CCTV. O novo standard?

No decorrer dos últimos anos, assistimos a uma verdadeira corrida à Alta Definição desencadeada pelas grandes marcas de Consumo, que alavancou um mercado praticamente estagnado, agilizando os mais diversos mercados, desde os sistemas de Broadcast, às televisões, que consumiram em primeiro lugar o "HD Ready", seguindo-se o "Full-HD". 

Nos dias de hoje, a "moda" nos produtos de consumo centra-se no 3D, embora não tarde muito a iniciar-se uma nova corrida aos próximos standards de Alta Definição, nomeadamente o 4K (equivalente a 4x a resolução Full-HD ou seja 3840x2160).

Na videovigilância continua a existir uma significativa porção do mercado, que se mantém "em modo SD" (Definição Standard), em especial no segmento residencial, e de pequeno comércio. 

Em muitos casos, devido ao cenário de evolução deste mercado que até à bem pouco tempo se centrou apenas (e bem) nas plataformas baseadas em infra-estrutura IP, que por um lado abriu todo um novo mercado a um sector ligado às redes, e por outro lado condicionou a actividade de muitos profissionais de sistemas de segurança, que pelos mais diversos motivos, procuraram resistir à mudança, e em variadíssimas situações foram preteridos para empresas concorrentes por oferecerem soluções antiquadas.

Além de todas as vantagens na flexibilidade de implementação de sistemas baseados em IP, o grande argumento destes sistemas passa pela disponibilização de conteúdos sem restrições de formato tal como acontece nos sistemas analógicos, daí a proliferação das mais diversas ofertas de câmaras multi-megapixel oferecendo condições de aquisição de imagem impensáveis à alguns anos atrás.

Porém, a tecnologia evolui igualmente no sentido de permitir quer aos instaladores mais resistentes à mudança, ou menos adaptados ao trabalho efectuado em redes IP, quer a toda uma clientela que já possui sistemas CCTV mais antiquados, a possibilidade de migrar o seu sistema para uma solução HD, necessitando apenas a mudança das câmaras e sistema de gravação. Toda a infraestrutura, cablagem e instalação permanecem intactas, permitindo uma intervenção rápida e eficaz pela parte dos técnicos, trazendo vantagens enormes aos utilizadores no que concerne à sua segurança e monitorização dos seus bens.

Esta tecnologia designa-se por HD-SDI, ou "High Definition-Serial Digital Interface", e permite o transporte de dados a uma taxa nominal de 1.485Gbit/s de acordo com o Standard SMPTE292M.
Com esta tecnologia é permitido o transporte de sinal de video sobre cabo coaxial em formato HD720P (1280x720 pixeis) ou HD1080i (1920x1080), representando uma evolução substancial ao standard nativo PAL, com resolução CIF, 4CIF ou D1 como habitualmente se constata em inúmeras instalações.

O Sufixo "P" e "I" das referencias anteriores, identificam o tipo de varrimento do sensor de imagem em cada obturação. No varrimento Progressivo (P) todas as linhas do sensor são lidas na mesma obturação, enquanto que no varrimento Interlaçado, apenas as linhas impares são lidas, seguido das linhas pares, ou seja, 540 linhas por varrimento (540x2=1080).

Abaixo, ficam 2 videos exemplificativos de comparação entre gravações Full HD usando câmaras HD-SDI e Câmaras SD em resolução D1. Os resultados são expressivos.

Se pondera adquirir um sistema CCTV, ou se pretende evoluir o seu sistema actual, o padrão HD-SDI é definitivamente uma opção a ter em conta.




Créditos dos videos da UKSECURITYCAMERAS TelfordCCTV

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Desmistificar o frame rate

Uma das questões que inúmeros instaladores colocam aquando das suas consultas relativas a equipamentos de captura e gravação de imagens, sejam DVR's ou NVR's, é relativa à "quantidade de frames por segundo" que determinado equipamento consegue processar.

Ora sendo uma questão determinante da performance dos equipamentos, é também um factor que na maioria das vezes trás mais complicações do que benefícios, como veremos mais á frente.


Compreendo que para muitos dos instaladores da velha guarda, subsistam alguns traumas causados pelos antigos gravadores analógicos em time lapse, que configurados em modo 960 horas (na época, os mais dispendiosos!), capturavam a grosso modo 1 fotograma a cada 30 segundos...

Hoje com os modernos gravadores digitais, com avançados algoritmos de compressão de imagem, permitem não só gravar mais fotogramas por segundo, como também conseguem gravar fotogramas de maiores dimensões.

Relativamente às gravações em "tempo real", acabamos muitas vezes por nos deparar com inúmeras configurações de máquinas elaboradas por instaladores, que ficam "reféns" dos 25 frames por segundo. Como referi anteriormente, esta configuração pode trazer mais complicações do que benefícios, senão vejamos:

Uma gravação a 25 frames por segundo em comparação com gravações a 15 ou 10 frames por segundo, adiciona alguns elementos de fuidez em objectos em movimento, que poderão ser perceptíveis, mas não relevantes para a esmagadora maioria das aplicações de videovigilância. Será contudo "obrigatório" usar esta velocidade, caso se efectue a gravação de aúdio, de forma a assegurar tanto quanto possível o "lip-sync". Será também recomendável usar gravação a 25 fps para vigilância em aplicações críticas, como caixas registadoras, mesas de jogo, entre outros.

Em detrimento da "velocidade" ou "frame rate", recomendamos aos nossos clientes apostarem na Resolução. Muitas das unidades de gravação que surgem no mercado com preços super competitivos e que rapidamente ganham muita popularidade, gravam em tempo real na resolução CIF, acrónimo de Common Intermediate Format que permite uma simples integração nos Standards PAL e NTSC para video analógico.
É uma resolução 4:3 que agrega 352x288 pixeis, ou seja cerca de 101376 pixeis, o que em linguagem comum se poderá definir como 0.1 Megapixeis... dá que pensar!




Muitos destes equipamentos podem quadruplicar o tamanho do fotograma capturado, mas ao manterem os mesmos recursos de hardware, sacrificam impreterivelmente a velocidade de captura, ou o frame rate. Assim, é equivalente em termos de utilização de recursos, uma gravação a 25 frames por segundo em resolução CIF, a uma gravação a 6 frames por segundo em resolução 4CIF (704x576 pixeis, ou 0.4 Megapixeis).

Os nossos parceiros da Everfocus, produziram à algum tempo um video explicativo das diferentes velocidades de gravação, e que facilita aos instaladores e clientes finais a percepção da gravação da mesma cena com diferentes velocidades.





Os frame rates apresentados no video, estão ajustados ao standard americano NTSC, logo ao verem 30 fps, corresponde a 25 fps em PAL, 15 fps, corresponde a 12 fps em PAL, 10 fps corresponde a 8 fps em PAL.

Espero que façam bom uso desta dica, e que vos apoie na concretização dos próximos negócios.

Grand Opening!!

Bem Vindos
É com grande prazer que inicio esta caminhada pela blogosfera, associando a este local todas as novidades e updates relevantes da actividade da nossa/vossa organização, de forma simples e acessível. 

Não só apresentaremos novidades de produtos, mas também conceitos, dicas e sugestões importantes que ajudem a nossa rede de clientes, e não clientes (são sempre bem vindos, e convidados a tornarem-se clientes!), a manter-se actualizada e mais informada.


Até Breve...